Presença de comorbidades autorrelatadas em um grupo de idosos praticantes de atividade física no interior do Amazonas antes e durante a pandemia por covid-19: Um estudo longitudinal.

Resumo

Introdução: Durante a pandemia por COVID-19, os idosos foram o grupo mais vulnerável, pois além da ameaça direta a vida, a  pandemia os colocava em risco elevado de pobreza, perda de suporte social, discriminação e isolamento, acarretando impactos negativos a saúde e bem-estar da população idosa. Objetivo: Descrever a presença das comorbidades autorrelatadas nos idosos  praticantes de atividade física regular no interior do Amazonas antes e durante a pandemia por Covid-19. Metodologia: Trata-se de um estudo longitudinal, com a primeira avaliação na primeira onda, de outubro de 2019 até fevereiro de 2020 e na segunda onda, de
janeiro a fevereiro de 2022. A amostra foi composta por 63 idosos. Foram incluídos indivíduos com idade igual ou superior a 60 anos, de ambos os sexos. Foram excluídos idosos que não puderam participar, idosos com doenças cardiovasculares
e com incapacidade cognitiva em responder à bateria de avaliação. A avaliação gerontológica se deu por meio de questionários: sociodemográfico e de Índice de Comorbidade Funcional, para extração de comorbidades autorrelatadas pelos idosos.
Resultados: Um total de 63 idosos foram avaliados, sendo 71,2% do sexo feminino, 31,8% analfabetos, 74,2% aposentados e 36,4% apresentando déficits visuais. As principais comorbidades autorrelatadas foram o impedimento visual, doenças osteoarticulares, osteoporose, doenças gastrointestinais e diabetes. Conclusão: Entre as comorbidades autorrelatadas e descritas observou-se uma diminuição significativa do número de comorbidades no período durante a pandemia sem que fosse possível traçar a significância estatística desse acontecimento, talvez isso se justifique pelo fato desses idosos permanecerem ativos mesmo no período de
isolamento social.